13.5.10

Esferas metafísicas


Os sapos saltitantes
Pularam direto na minha boca.
As cobras se enroscaram sem itinerantes
e prenderam os índios nas cabanas ocas.

Tudo gira, tudo voa.
Levaram os corpos nas canoas.
Hoje o tapete vai estacionar,
hoje os leões virão nos buscar.

Ela diz que não,
mas o indiferente diz que sim.
Queime as páginas com água e sabão.
Acenda a fogueira para o fim.

Túnel negro e coagulado,
hieróglifos de sangue nas paredes.
Professando apocalipse inajustável,
Nos prendendo entre pedras e redes.

É eterno enquanto o momento é para sempre.
Em 10 anos-luz, 20 prótons renovaram.
É inexplicavel sim, mas eu entendo.
Sem fé, sem rumo, adepta de objetivos.

Na areia, pedras em formas geometricas se acasalam.
não há porque sentir medo.
A diferença entre eu e você
é que eu ainda não lotei.

Uma sílaba, esquecida.
Não tomam providencias, desacreditam no que virá.
Finja que não vê, ria do futuro.
Mas quando eu rir, não diga que me conhece.
Lembre deste nome.

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