29.4.10

Terrenos no céu! Até 12X no cartão!




Fervendo, borbulhando, e congelada ao mesmo tempo.
Como isso? Como deus permitiu isso?
Não, deus não faz coisas "ruins", só coisas "boas".

Até onde essa sua fé vai te levar?
Até quando sua fé não vai lhe permitir se amar?
Até quando essa fé vai trancar essas mentes,
Estagnar, destroçar e distorcer...

Paraíso não se garante com dinheiro,
Não se compra terreno no céu!
Paraíso não se garante contra-vontade,
nem com a morte dos infiéis!


Deus não é 3 em 1,
Deus não tem preferencia!
Deus criou os católicos, mas também criou os muçulmanos,
os ateus e os espíritas e os judeus!
Deus criou a felicidade, e também a sacanagem...


Existe a MINHA verdade,
A SUA verdade,
e a verdade.
Milagres existem. Já vivenciei o meu.


Qual o problema de usar camisinha?
Pelo menos não abusamos criançinhas...
Parem de estragar o mundo. Respeitem!

Encontrei minha felicidade nos seus pecados,
Feliz me tornei quando passei a descrer no seu deus.
Infelizes são aqueles que tem AIDS.
Infelizes são aqueles perseguidos por serem homossexuais.
Por serem ateus, por escolherem sua própria verdade e felicidade.
Felizes por saber que não terão que esperar até o juízo final pra acordar,
e sim até tomarem consciência!

Até quando essa fé vai matar?

24.4.10

Foda-se




Qual a graça de desmerecer o trabalho dos outros?
Se eu consigo e você não, desculpa.
Culpe o seu deus, não tenho culpa de ser assim.
Não julgue o que você não entende.

E não me venha com essa história,
"Muito bom seu blog, pena que não é você quem escreve!"
Bom, não sou eu? Então quem é?
Papai Noel é cafetão e o coelhinho da páscoa tá num laboratório.

Quer saber? Foda-se.
Sou eu, sou eu.
Não preciso provar nada pra ninguém!
O que começou por mim, não são vocês que vão acabar!

Obrigada, obrigada,
eu digo àqueles que eu conheço.
E quem eu não conheço?
Ih, aí fica dificil...


Já deu, ou precisa de mais?
Tô com sono, preciso ir dormir.
Tenho que procurar muito texto pra copiar, amanhã.
Acabou o interrogatório? Já provei que sou inocente.

22.4.10

Felicidade Experimental


Só precisei de uma faísca,
Pra acender um farol
Que iluminou todo o balde de íscas
Agora minha vara não precisa mais de anzol

Grata por me fazer enxergar
Agradeço por me fazer entender
Você falou a enxugar
essa vontade, não deixou se estender


Este é o fim. O fim do fim.
O que ele falou, tá martelando em mim
Nem se eu quisesse, eu voltaria a sofrer
Mesmo se ele fizesse, eu não voltaria a sofrer


Mente limpa e arejada,
Não tenho mais preocupações.
Muito mais feliz, de volta ao que era
Sei o que eu nunca quis, mas que agora eu quero


O instrumento que abriu aquela porta,
Desapareceu. Um porão cheio de portas.
Algumas abertas, muitas fechadas.
Outras trancadas.


Todo dia, toda hora, seres imaginários, físicos ou não,
Abrem uma ou duas, e me induzem a mais.
Onde esses portões me levam? Eu não sei.
Vou sem fé, guio meus próprios passos
Releio minha jornada e luto por mim
Luto para não me ver crucificada e enforcada
Em vinho composto de blasfemias e pontos.

21.4.10

Ele não é o que eu pedi de Natal




Fio por fio, sua máscara vai despencando
Suas palavras, te espancando
Logo vão te reconhecer pelo o que você é
Logo sua vontade irá junto com a maré

Suas mentiras, suas atuações
Deram a entender que não passam de ações
Eu esqueci de dizer, seu teatro é uma merda
Senta e dá uma rodada, vai ver se eu tô na esquina


Seu gosto, sua cor...
Fica difícil, é muito tentador
Quero você do meu lado
Quero que você seja meu, mas não quero ser sua

Onde eu estive errada?
Onde eu me faltei o respeito?
Quando você me queria nua,
Eu estava vestida

Aquela velha historia,
que a maçã não cai longe do pé
Bem, estou a 2 km de distância
Já passei da porta, não tente me alcançar


De coração e alma verdes
Você é o meu anjo sem asas
Em ti em confio meu amor
De ti lembrarei os momentos menos neutros


Você tá vestida de cordeiro,
mas acho que deixou o rabo, a fuça e as patas aparecendo
Da proxima vez, tenha uma estrategia, um plano B
Da proxima vez, apodreça no esgoto de onde você veio


Agora que a vontade, e muito mais, está clara
Fica mais fácil tomar uma decisão tão simples
Quando você estiver embarcando, olhe para mim
Observe eu não me importar.

18.4.10

Brutalidade Retardatária


Que porra você tá fazendo aqui?
Eu não te chamei,
você sofre de frenesi.
Qualquer promessa injusta eu decapitei.


E se um dia eu não enxergar mais,
a culpa é do alcool.
Se um dia você não tatear mais,
não culpe as palavras.

Violentem suas mães,
Salvem seus inimigos.
Bebam até cair,
Caiam até subir!


A medida que as coisas crescem,
as arvores rejuvenescem.
A todo passo solteiro dado em casais,
um suspiro fica sem pais.

Ainda me impossibilito de entender o porquê,
de magoar tanta gente sem querer,
de mergulhar nessas nebulosas de palavras grosseiras,
de fingir estar bem quando se sofre de cegueira.

15.4.10

Demônios Humanos


Essa luminosidade toda aí,
tá machucando um pouco a minha visão.
Mas só um pouco mesmo.
Porque a razão continua predominando a paixão.


Tem um obstáculo? Contorne ele.
Tem uma pedra no caminho? Chute ela.
Não fique parado por causa do obstáculo.
Não empurre a pedra morro acima.

No túmulo, não deixaram nenhuma prece,
nada que servisse de evidência.
Acho que você confundiu desespero com carência,
Some daqui, desaparece.


Me esqueci de como se esquecer,
Desaprendi aquilo que me ensinei.
Tenho medo de sentir medo.
Como os matadores crus com azeite.


Bateu as 13, hora de morrer.
Dê adeus a sua família e derrame suas ultimas lágrimas.
Quando o meu revolver estiver no meio dos seus olhos,
Cale a boca e sorria.
Estou lhe concebendo uma vida, ao invés de te matar.
Acabaremos com essa nação,
metralharemos um só coração.
Envenenaremos o ultimo deles,
e vamos rir da desgraça. Sempre. Para sempre.

14.4.10

Foto: Joana Tambke



Torres alienígenas invadiram a Terra
Nos ajudem, nos ajudem!, elas, as pessoas, gemem.
Eu grito, peço clemência, mas eu não me escuto.
Não consigo me ajudar.

Olho no espelho e vejo algo parecido com um unicórnio,
Não são exatamente dois chifres, só um.
Como pode ser só um?
O que eu fiz pra um chifre somente germinar?

Caminho nessa estrada, sem mapa nem bússula
E essa neblina não ajuda em nada.
O objetivo é claro,
Mas o caminho tá escuro.

Através dos portões e além.
Quero você longe, muito longe.
Quem está em cima, não olha pra baixo.
Lembre de limpar sua sombra quando o sol não bater.

12.4.10

Que dúvida




Fortes são os indecisos,
que sobrevivem às malícias dela.
Fortes são os fracos,
Que passam a vida acreditando nessa traiçoeira.

Porque tantas questões?
Tantas opções?
Eu quero preto, eu também quero amarelo!
Eu quero o certo, mas preciso do errado!

Ó, dúvida cruel!
Porque me perturbas tanto?
Porque amas me ver sangrar?
Vós me torturas com esses chicotes silenciosos!

Ela procura encontrar mais que a ponta,
jogar pedras rasas no lago liso.
Talvez lá estejam as perguntas,
e as respostas, os peixes trazem na sua mortalha.


Essa dúvida, e muitas outras
queimam e trituram minha cabeça,
minha barriga, meus braços.
me diz quando é o fim!

Não aguento mais isso, não aguento mais morrer assim.
Se é morte, que seja morte de verdade!
A questão não é sobremorrer, e sim morrer.
Preciso de você na minha morte, só neste instante...

11.4.10

Quem é que paga por isso?

Atrás da mesa, tá difícil segurar o riso.
Essa seriedade ai... não tá dando certo.
Tá na hora de dar uma descontraída, sair pra brincar!
Não me controlo quando vejo essa sua cara de quem acha que arraza.

Quero sair, inalar novos ares,
Festejar em volta de uma fogueira.
Vou viajar, vou tentar entender.
Vou me deslocar, vou crer.

E quer saber? Eu não dou a mínima!
Não me importo, se é importante ou não.
O que eu sei, o que eu aprendi...
Não preciso de ninguém andando atrás de mim.


Eu quero ser feliz,
Sem preocupações, sem restrições.
Contigo eu vou até o fim.
Porque eu sou de libra, tu é de gêmeos!

10.4.10

O tempo


Essa maçã podre na sua sala,
Me dá uma ideia muito clara
De que o tempo não para.
Todas essas ruas escuras e silenciosas,
Vão fazendo círculos nessa prosa.
Mas mesmo assim eu não paro.

Eu vou até o fim.
Eu quero ver o fundo do poço.
Eu vou escalar, vou renascer.
Em cada esquina, vejo uma possível salvação.
Em cada esquina, sinto uma mente cheia de dúvidas e ideias,
Reprimidas por seus superiores inquestionáveis.
Verdades distorcidas e foscas.
Olhos mentirosos e bocas caladas.
E tudo isso me lembra que,
Não, o tempo não para.

E parei pra passear no tempo,
E quem sabe voar um pouco com o vento.
Observar o pássaro voando,
E tentar continuar pensando,
que o tempo não para.
Mesmo se eu quiser,
Meu coração vai puxar meu pé.
Eu tento não andar de ré.
Mas com todos esses resquicios da fé,
É difícil não pensar...
Que o tempo não para.

A vida não é bela.
Seu encanto terminou junto com o da cinderela.
Eu escavo o máximo dela.
Tento achar ossos e almas escondidas.
Suas cores cintilam, e fazem um dueto com o vento.
A brisa arranha e o frio castiga.
Mas eu não sinto.
Não, eu não me importo.
A sensação de estar onde eu estou aprecia 10 vidas,
Vale mais que uma quantia inestimável de pratas,
vale mais que um sorriso.
É na quietitude sonora que encontrei,
O tesouro de piratas escondido,
Em uma ilha deserta de medo.
Os anjos vieram e acolheram,
Juntaram as conchas e fizeram o trono.
Manifestaram sua luz e riso.
Tempo não existe. É o agora.


Escritoras: Petra (eastsidedown.blogspot.com) e Joana (paraisodajoana.blogspot.com)

Silêncio.


Alguma coisa está errada
No modo como estamos nos enganando.
Puxa e estica, finge e sai.
Aproveita e... esquece.

Até agora, a vontade alimentou a esperança.
Mas quem vai alimentar a esperança se não há mais vontade?
Se não tem mais o que fazer, aliás, se nunca teve o que fazer?
Eu acreditei, eu duvidei, eu desisti.

Deu. Acabou. Por aqui, chega.
Arrisquei minha liberdade, minha paz.
Em uma série que fatos que, na verdade, nunca aconteceram.
Palavras que nunca foram ditas, emoções que foram confundidas.

Ainda tenho muito o que falar,
mas está claro que não pode continuar do jeito que tá.
Eu não quero que continue, peço desculpas por enganar.
Ainda tenho que comunicar, mas o meu sentimento está claro: acabou.

7.4.10

barqueiro invisível


tornei em metal tudo o que era indiferente,
derrubei as paredes com palavras ácidas.
os seguidores da verdade e seus descrentes
palidez nua e falta aminoácida


agudos e viagens a outras dimensões
meio termo e ideias platônicas
poucos sorrisos são transparentes em meio a tantas opressões
poucas pessoas são fiéis nas identidades eletrônicas


até a travessia diurna da fumaça parece mais fácil
quando a visão dos povos é comprometida pelos abalos sísmicos
o fim do mundo tem que ser mais ábil.
afinal, quem liga pro seu nome?

5.4.10

e se...




e o que fazer se nada disso parece real,
se essa ideia flutua no espaço sideral?
você tentou me avisar, eu não ouvi.
você não precisou dar explicações, eu vi.

no meu ponto de vista,
você parece um vigarista.
mas e se não for?
e se eu estiver enganada?
e se isso for real?
e se... eu, inconscientemente,
não quiser acreditar nas suas palavras ingloriosas?