22.4.10

Felicidade Experimental


Só precisei de uma faísca,
Pra acender um farol
Que iluminou todo o balde de íscas
Agora minha vara não precisa mais de anzol

Grata por me fazer enxergar
Agradeço por me fazer entender
Você falou a enxugar
essa vontade, não deixou se estender


Este é o fim. O fim do fim.
O que ele falou, tá martelando em mim
Nem se eu quisesse, eu voltaria a sofrer
Mesmo se ele fizesse, eu não voltaria a sofrer


Mente limpa e arejada,
Não tenho mais preocupações.
Muito mais feliz, de volta ao que era
Sei o que eu nunca quis, mas que agora eu quero


O instrumento que abriu aquela porta,
Desapareceu. Um porão cheio de portas.
Algumas abertas, muitas fechadas.
Outras trancadas.


Todo dia, toda hora, seres imaginários, físicos ou não,
Abrem uma ou duas, e me induzem a mais.
Onde esses portões me levam? Eu não sei.
Vou sem fé, guio meus próprios passos
Releio minha jornada e luto por mim
Luto para não me ver crucificada e enforcada
Em vinho composto de blasfemias e pontos.

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