7.4.10

barqueiro invisível


tornei em metal tudo o que era indiferente,
derrubei as paredes com palavras ácidas.
os seguidores da verdade e seus descrentes
palidez nua e falta aminoácida


agudos e viagens a outras dimensões
meio termo e ideias platônicas
poucos sorrisos são transparentes em meio a tantas opressões
poucas pessoas são fiéis nas identidades eletrônicas


até a travessia diurna da fumaça parece mais fácil
quando a visão dos povos é comprometida pelos abalos sísmicos
o fim do mundo tem que ser mais ábil.
afinal, quem liga pro seu nome?

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